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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

IESB promove trote solidário com doação de medula óssea

O Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB) incentiva seus alunos a receberem os calouros de uma maneira diferente. Na volta às aulas 2011, a instituição promove o trote solidário com doação de medula óssea. “Queremos despertar em nossos alunos, cada vez mais solidariedade e respeito humano”, destaca Gidel Deungaro, diretora de Marketing da instituição.

A iniciativa é uma das ações do projeto Impacto Acadêmico, promovido pelas Nações Unidas. “O IESB participa desse projeto com o compromisso de utilizar a educação para ajudar a resolver problemas globais, como alfabetização, sustentabilidade e conscientização”, explica Gidel.

Com apoio dos estudantes, a ação solidária vai contar com a supervisão da Fundação Hemocentro de Brasília. Os interessados na doação poderão se cadastrar nos dias 21/02, no Campus da Asa Sul; 22/02, no Campus da Asa Norte e 28/02 no Campus Ceilândia. Nos Campi Norte e Oeste, haverá também apresentação de DJ, grupo de dança e basquete de rua.

Serviço

Trote Solidário IESB: Doação de medula óssea

21/2/11 – CAMPUS EDSON MACHADO – 613 / 614 L2 SUL - turnos: matutino e noturno.

22/2/11 - CAMPUS GIOVANIVA RÍMOLI – 609 L2 NORTE – turnos: matutino e noturno.

28/2/11 – CAMPUS LILIANE BARBOSA – QNN 31 Área Especial B/E CEILÂNDIA NORTE - nos turnos matutino e noturno.

Informação: (61) 3340-3747



segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

UnB vai promover campanha contra trotes violentos

A reitoria da Universidade de Brasília (UnB) vai promover uma campanha contra os trotes universitários grosseiros e violentos. Em março, durante a abertura do ano letivo, a UnB distribuirá cartilhas aos estudantes e promoverá palestras para incentivar o trote solidário. A instituição quer acabar com recepções nas quais os alunos veteranos ridicularizam e subjugam os calouros.

A iniciativa foi tomada depois da divulgação de fotos do trote aplicado, no último dia 11, por veteranos da Faculdade de Agronomia e Veterinária em um grupo de alunas calouras. Nas imagens, as jovens aparecem ajoelhadas e lambendo linguiça. Foi um ato de discriminação contra a mulher, afirmou, em nota, o reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Júnior.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UnB também vai participar da campanha. “Vamos incentivar principalmente o trote solidário, que arrecada doações para os necessitados. Essa é uma forma de integrar os alunos e ajudar o próximo”, disse a coordenadora-geral do DCE, Mel Bleil.

Fonte: DCI

Trote de alunos da UnB é alvo de representação

A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) pediu à Universidade de Brasília (UnB) explicações sobre trote realizado no início deste mês por estudantes da Faculdade de Agronomia e Veterinária. Na ocasião, calouras se ajoelharam para lamber linguiça com leite condensado. Em nota, a secretaria considerou o ato de simulação de sexo oral "um gesto de violência e desqualificação das mulheres".

A UnB deve montar uma comissão de sindicância para apurar o trote, informou o reitor da instituição, José Geraldo de Sousa Junior. "A comissão não terá um caráter demonizador, mas educador", disse ele, observando que será investigado se houve lesão corporal ou atentado ao pudor. Os alunos que participaram dos atos serão ouvidos e estão sujeitos a penalidades - como suspensão e até expulsão.

O reitor se disse "constrangido e envergonhado" com as imagens, mas reconheceu que não existe norma na universidade para impedir que episódios como esse ocorram. A secretaria foi informada do episódio por meio de denúncia feita à ouvidoria. Um ofício foi encaminhado à UnB e ao Ministério Público Federal, solicitando providências a respeito do caso.

Para a estudante Luísa Wirthmann, caloura do curso de Agronomia, a "brincadeira" da qual participou foi "inofensiva". "Não me senti humilhada, não entendo essa repercussão", comentou. "Não faz sentido o argumento de que tentamos denegrir a imagem da mulher numa brincadeira fechada de um curso. Colocar mulheres rebolando na TV todo sábado é bem pior", acrescentou.

Na opinião da estudante, a universidade tem problemas muito mais sérios para se preocupar, como a falta de segurança no campus. Ela disse que não foi obrigada em momento algum a entrar no trote. "Quis participar por causa da interação entre calouros e veteranos". O trote com a linguiça já ocorreu outras vezes, segundo o presidente do Centro Acadêmico de Agronomia, Caio Batista. "O pessoal dentro do curso fez e não se sentiu agredido. Aí vem gente de fora e faz interpretação negativa, vendo humilhação onde não tem. Trote é integração do calouro com a universidade, não é bullying", disse. Questionado pela reportagem se teve de lamber linguiça e leite condensado ao entrar na UnB, o estudante respondeu que, quando era calouro, participou de uma "briga de bode" numa lona de sabão.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Arquitetura da UnB vai acabar com o trote sujo

O Centro Acadêmico da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (CAFAU) decidiu acabar com o trote sujo. O presidente do CA, Octávio Sousa, visitou as salas de aula dos 1° e 2° semestres para sugerir aos estudantes uma atividade de revitalização de algum espaço público de Brasília como forma de integração e boas-vindas aos novos estudantes. "As pessoas do primeiro semestre ainda não receberam o trote, e isso seria feito agora, no final do semestre", conta o presidente do CAFAU. A ideia é fazer uma recepção conjunta com os calouros do 1º semestre de 2011.

"Nós queremos acabar com a cultura do trote com tinta, farinha e de pedir dinheiro no sinal. Percebemos que isso está ultrapassado e pensamos em algo que tenha a ver com o nosso curso", explicou Octavio. Os veteranos aprovaram a recomendação, embora achem divertido o trote que sempre ocorreu na FAU. Thaís Lacerda e Amanda Brasil, alunas do 2º semestre, contam que quando receberam o trote não se sentiram humilhadas e gostaram de participar. "Foi muito gostoso e divertido. Teve integração e não foi de maneira nenhuma traumático", conta Thaís.

Amanda aprovou a ideia e conta que uma das alternativas para o novo trote será pintar uma das passarelas subterrâneas do Plano Piloto. "Pelo que sei, terá muita gente envolvida e vai ser interessante porque é uma atividade que tem ligação com o nosso curso", afirma. Ela torce para que o novo trote seja adotado definitivamente. "Isso vai depender da decisão das próximas turmas", afirma.

A caloura Fernanda Moraes está aliviada com a sugestão do CAFAU. Ela ainda não recebeu o trote e gostou da ideia de interagir com os calouros de outra maneira. "Eu acho que o trote deveria ser uma atividade de integração para que a gente realmente conheça os outros estudantes", afirma.

Mel Gallo, coordenadora-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), parabenizou a atitude da FAU. Para ela, o novo trote não acaba com o rito de passagem e mantém a aproximação entre calouros e veteranos. "Sem dúvida foi uma ótima alternativa. Não perde a ideia de rito de passagem, que também é muito importante", opina.

O reitor José Geraldo de Sousa Junior também recebeu a notícia com alegria. "Esses estudantes são portadores de uma consciência criativa, transformadora e emancipatória, sem perder a capacidade lúdica e de acolhimento", afirma. "Isso mostra que a universidade tem a percepção de que novas práticas podem ser criadas a partir desse diálogo educador".

CENTROS ACADÊMICOS – Levantamento da UnB Agência publicado em outubro de 2010 mostra que, de 39 Centros Acadêmicos da UnB, 20 recebem os calouros com trotes sujos. O CA de Administração (CAADM) também discute alternativas ao trote sujo. A ideia é fazer uma espécie de mediação entre o que pode ou não pode ser feito na hora do trote. "Ainda não decidimos se realmente é preciso, porque o trote na Administração é sempre tranquilo, só com tinta e farinha", explica Jéssica Monteiro, diretora de eventos do CAADM.

Ela conta que os alunos podem decidir se vão participar do trote. "Os calouros que participam ganham desconto ou não pagam nada para participar do nosso churrasco. Aqueles que não participam pagam mais, mas não são excluídos durante o curso", conta.

Na Engenharia Mecânica os calouros pagam pelo trote. São R$ 15 para a compra de tintas, ovos e cervejas – que só os veteranos podem beber. Na última sexta-feira, 21 de janeiro, 22 calouros levaram trote. "Nós sujamos eles com tinta e fizemos uma corrida de carrinho de rolimã. A cerveja só os veteranos bebem", conta João Arthur Raivel, membro do CAMEC. Segundo ele, a atividade ocorre com autorização dos diretores da Faculdade de Tecnologia e do curso de Engenharia Mecânica.

Já o CA de Biologia (CABIO) organiza dois trotes. O primeiro começa com um almoço no Restaurante Universitário e depois segue para brincadeiras como guerra de cotonete ou futebol de sabão. O almoço é pago pelo CA ou cada veterano paga para um calouro. "Esse almoço facilita a nossa integração com os novos alunos porque a gente acaba sentando perto e tem tempo para conversar", conta Mariana Fernandes, diretora do CABIO.

O trote solidário é a segunda etapa da recepção. No próximo final de semana, entre os dias 28 e 30 de janeiro, os calouros montarão acampamento na Fazenda Água Limpa (FAL). O ônibus sai às 17 horas do final do ICC Sul. Os estudantes pagam R$ 20 pelo transporte, alimentação e material das oficinas que ocorrem durante o encontro. "Eu não faço trote sujo porque não gosto que me sujem. Esse tipo de trote não promove nenhuma relação com o curso, nem integração entre os alunos", afirma Mariana.



segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Debate sobre trotes dos calouros divide Conselho de Ensino da UnB

Como tratar o trote com os calouros no próximo semestre? Criar normas punitivas ou discutir outra forma de saudação aos novos alunos? Não houve consenso na reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) realizada nesta quinta-feira, 20 de janeiro. A aprovação de uma cartilha educativa sobre o trote, que já foi utilizada no 2º semestre de 2010, alimentou ainda mais a discussão. Os conselheiros divergiram sobre o que fazer com os exemplares: jogar fora ou aproveitá-los em outro debate. A reunião do CEPE deverá continuar na próxima quinta-feira, 27.

Andréa Maranhão, do Instituto de Biologia (IB), disse que todo o processo educativo precisa de punição. “Como mãe, a gente faz isso com os nossos filhos”, afirma. “Existe um vácuo normativo, e a gente não tem pelo que se pautar". Ela conta que a estratégia do IB é preparar todos os semestres uma semana de atividades, com visita aos laboratórios e palestras para receber os novos estudantes.

Simone Perecmanis, da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAV), disse que o envolvimento da coordenação e as atividades preparadas pelos cursos não substituem a prática do trote. “Nós fazemos a nossa calourada com visita à fazenda e churrasco, mas os alunos querem ter o rito de passagem”, disse. “Eles acham o trote uma coisa normal. Um aluno comentou que sua própria mãe o havia amarrado num poste e pintado seu corpo. Esse é um problema cultural.”

Marina Flores, representante do Diretório Central dos Estudantes Honestino Guimarães (DCE), defendeu que combater o trote com punição não é a postura mais adequada para uma universidade e sugeriu que sejam utilizadas medidas pedagógicas a longo prazo. “Conscientizar é mais importante principalmente para aqueles que acreditam na educação, como eu acho que é o caso aqui”, afirmou.

Neio de Oliveira, do Centro de Excelência em Turismo (CET), acredita que deve ser definida uma postura institucional contra o trote antes que ocorra um problema grave. “Precisamos de norma que garanta punição, mas como ainda não temos, essa prática ainda segue acontecendo. Aqui não é a casa da mãe Joana”, opinou.

O vice-reitor da UnB, João Batista, sugeriu que a universidade fizesse uma parceria com a Secretaria de Educação do Distrito Federal para trabalhar o tema com os alunos desde a infância. “Esse assunto é um problema que precisa ser trabalhado com todos, inclusive com os pais a longo prazo. Eu sou radicalmente contra o trote, mas punição não resolve”, disse.

Houve apenas um ponto de consenso: o trote não é um problema só dos estudantes. “Existe uma corresponsabilidade entre estudantes e universidade”, disse Raul Cardoso, representante do DCE.

CARTILHA EDUCATIVA – O material informativo que fala sobre o trote foi criticado pelos conselheiros, que apontaram erros de concordância, inconsistência conceitual e fotos inadequadas. Rachel Nunes, decana de Assuntos Comunitários (DAC), reconheceu que a cartilha teve problemas, mas defendeu sua reutilização em alguma atividade acadêmica. “O problema aqui não é conceitual”, disse. “Jogar fora é um desperdício de dinheiro público”, disse.

Rafael Moraes, assessor do gabinete do reitor e organizador do documento, disse que reconhece os erros, mas que a cartilha foi aprovada por uma revisora de textos da universidade e que poderia ser aproveitada em debates sobre o tema. “Não pode ser simplesmente jogada no lixo.” Denise Bomtempo, decana de Pesquisa e Pós-Graduação, argumentou que não pode haver na universidade um material institucional com erros de português. “É melhor não distribuir”, opinou.

Hartmut Günther, do Instituto de Psicologia, disse que não era responsável por um material mal feito e nem por desperdício de dinheiro público. “É preciso pesquisar mais sobre o tema já que estamos na academia com tantos professores”, disse. Günther apontou as fotos utilizadas no material de 16 páginas como outro problema. Alegou que se a UnB quer demonstrar que é contra o trote precisa mudar as fotos do encarte. “A foto da capa mostra estudantes sentado com a cabeça baixa, mas as próximas fotos mostram alunos rindo e felizes”, exemplificou.